quinta-feira, 31 de março de 2011

O Herói do Dia



"A janela queima para iluminar meu caminho de volta
Uma luz que aquece não importa onde tenham ido
Eles saíram para achar o herói do dia"

(Hero of the Day, Metallica)







O nome dele não era Clark Kent. Nem Bruce Wayne, Peter Parker, Tony Stark ou Bruce Banner. Não. Absolutamente.
Chamava-se Gabriel. Gabriel Fontes. Não, ele também não era ianque: nasceu no Brasil, em São Paulo, Capital. Tinha vinte anos de idade. Era estudante de Administração; ralava o dia todo, estudando, trabalhando em um serviço de meio período e ainda arranjando tempo para fazer estágio e escrever sua monografia, para a conclusão do curso.
Não, Gabriel não foi mordido por nenhuma aranha radioativa ou geneticamente modificada. Não veio de outro planeta, nem se submeteu a testes do governo; muito menos tem dinheiro para investir em acessórios sofisticados ou veículos mirabolantes. Sem super poderes, treinamento árduo ou uniformes modernos. Um jovem comum, como você, eu, seu primo, seu amigo ou seu vizinho. Apenas mais um rosto na multidão paulista, a massa compacta de desconhecidos que marchavam lado a lado rumo a suas casas, seus trabalhos ou suas escolas. Pessoas comuns, num dia de correria comum.  Nada de extraordinário até aí.
Transeuntes cruzavam seus caminhos sem ao menos se olhar nos rostos. A procissão infinita seguia por umas das ruas mais movimentadas da capital paulista. Gabriel seguia acompanhando essa multidão, misturado a ela. Era horário de almoço. Sol. Calor. Ar quente e estagnado, que tornava a respiração pesada, quase penosa. E Gabriel apertava o passo, consultando o relógio de pulso a cada minuto. Como todo mundo ali, tinha pressa. Precisava chegar logo em casa. Teria menos de vinte minutos para praticamente engolir o almoço e voltar para a correria cotidiana, versão vespertina. O suor porejava na sua testa. Estava quase correndo para atravessar uma rua antes que o semáforo para pedestres ficasse vermelho quando algo o fez estacar repentinamente. Sua atenção foi atraída para uma aglomeração incomum na mesma calçada onde ele se achava. Uma multidão que crescia gradativamente se formava a menos de dez metros do lugar onde se encontrava. Gabriel já sabia que não devia se tratar de coisa boa. Teve ímpetos de continuar seu caminho, mas a curiosidade foi mais forte e ele se juntou às pessoas paradas na calçada, que atrapalhavam a passagem dos outros pedestres menos interessados na vida alheia. A cena era a seguinte:
Contorcendo-se no chão quente, havia um homem de meia idade, muito bem vestido, urrando de dor. Ao lado dele, havia uma pasta preta, própria de empresários. As pessoas o tinham cercado, mas ninguém nada fazia para suprimir a dor do desconhecido. Os seres humanos infelizmente têm esse bizarro lado sádico: interessam-se pelo sofrimento de outrem, e contentam-se em assisti-lo, impassíveis. Gabriel, tenso, passou a língua pelos lábios. Sabia o que estava acontecendo, o homem no chão estava tendo um infarto. O pai de Gabriel era cardíaco, e o jovem já tivera por diversas vezes a infeliz oportunidade de presenciar ataques cardíacos devastadores, que só não tinham ceifado a vida de seu pai por milagre. O homem no chão devia receber ajuda imediatamente. A multidão apenas cochichava entre si, aparentemente penalizada. Muitos pareciam desorientados; até queriam ajudar, mas não sabiam como. Gabriel estava lívido.



Continua...



Danilo Alex da Silva

Olá, pessoal! Esse é um texto que senti vontade de escrever essa semana. Como é um pouco grande, decidi dividi-lo. Espero que gostem da mensagem. Ficaram curiosos para saber o final da história de Gabriel? Então, aguardem a continuação!

Bom fim de semana!

abraços

domingo, 20 de março de 2011

Antes e depois de ti

Minha vida tem um antes e depois.
Antes de ti, e depois de ti.
Antes tudo era ausência.
Agora, tudo é saudade.
Quando pus meus olhos em você pela primeira vez,
No mesmo instante me dei conta de que
A felicidade existia, era de fato real
E estava sorrindo para mim naquele exato momento. 

Danilo Alex


segunda-feira, 14 de março de 2011

Os árabes também curtem o Panamericano



Fala, meu povo! Desculpem o meu sumiço! Prometo tratar de postar mais, ando muito sumido de vocês, meus companheiros!
Para começarmos bem a semana, uma montagem incrível nos mostra que, se brasileiro tem samba no pé, os árabes tem talento nas coreografias para hits eletrônicos!  (Reparem no "dançarino" que está à frente, no meio; ele é o mais empolgado rsrs)




Um Panamericano pra lá de Bagdá! rsrsrsrsrs

Khaled que se cuide!



abraço a todos





terça-feira, 8 de março de 2011

8 de março - Dia Internacional da Mulher


                                                                                    
                                               
Peça para um homem descrever um mulherão.
Ele imediatamente vai falar no tamanho dos seios, na medida da cintura, no volume dos lábios, nas pernas, bumbum e cor dos olhos. Ou vai dizer que mulherão tem que ser loira, 1,80m, siliconada, sorriso colgate. Mulherões, dentro deste conceito, não existem muitas: Vera Fischer, Malu Mader, Letícia Spiller, Adriane Galisteu, Luma de Oliveira e Bruna Lombardi…
Agora pergunte para uma mulher o que ela considera um mulherão.
Nesse caso, descobrimos que tem uma em cada esquina, que tem montes delas por aí.
Mulherão é aquela que pega dois ônibus para ir para o trabalho e mais dois para voltar, e quando chega em casa encontra um tanque lotado de roupa e uma família morta de fome.
Mulherão é aquela que vai de madrugada para fila garantir matrícula na escola e aquela aposentada que passa horas em pé na fila do banco para buscar uma pensão de 200 reais.
Mulherão é a empresária que administra dezenas de funcionários de segunda a sexta-feira, e uma família todos os dias da semana.
Mulherão é quem volta do supermercado segurando várias sacolas depois de ter pesquisado preços e feito malabarismo com o orçamento.
Mulherão é aquela que se depila, que passa cremes, que se maquia, que faz dieta, que malha, que usa salto alto, meia-calça, ajeita o cabelo e se perfuma, mesmo sem nenhum convite para ser capa de revista.
Mulherão é quem leva os filhos na escola, busca os filhos na escola, leva os filhos na natação, busca os filhos na natação, leva os filhos para cama, conta histórias, dá um beijo e apaga a luz.
Mulherão? É aquela mãe de adolescente que não dorme enquanto ele não chega, e que de manhã bem cedo já está de pé, esquentando o leite.
Mulherão é quem leciona em troca de um salário mínimo, quem faz serviços voluntários, é quem colhe uva, é quem opera pacientes, é quem lava roupa para fora, é quem bota a mesa, cozinha o feijão e à tarde trabalha atrás de um balcão.
Mulherão é quem cria filhos sozinha, quem dá expediente de oito horas e enfrenta menopausa, TPM e menstruação.
Mulherão é quem sabe onde cada coisa está, o que cada filho sente e qual o melhor remédio para azia.
Mulherão é quem, se ainda sobrar um tempinho, espreme as espinhas do marido, arranca os pelos encravados da barba dele, está sempre disposta a uma noite de amor.
Lumas, Brunas, Carlas, Luanas, Feiticeiras e Sheilas: mulheres “nota 10″ no quesito “lindas de morrer”, mas mulherão, mulherão mesmo, é aquela que mata um leão por dia, enquanto carrega pedras nos intervalos.
a.d.
obs: Essa homenagem não é exaustiva, mas exemplificativa. Estão nela incluídas outras tantas mulheres desse nosso Brasil.
Um beijão para todas as mulheres. Amo vocês demais.

Cirilo Veloso Moraes

Toda mulher é uma benção, uma flor especial,  única, cultivada com perfeição pelas mãos do Supremo Floricultor que as plantou no jardim do nosso coração, para embelezar e perfumar cada um de nossos dias. 
Mulheres, parabéns pelo seu dia! Sem vocês a vida de nós, homens, não teria graça nem sentido.

Milhões de abraços e beijos

Danilo Alex da Silva