Aqui parado, sem saber
o que dizer ou fazer. Ou escrever. Livros jogados sobre a cama, tão
displicentemente avulsos quantos os sentimentos que me tomam, ou como a razão
que me abandona toda vez que dirijo meus pensamentos para você. É assim que é.
Bem assim que tinha que ser.
Deitado, mordendo a
tampa da caneta, olhando para o caderno aberto, tentando achar palavras para
tudo o que precisa ser dito. Desesperadamente buscando as palavras, as mesmas
que cacei avidamente em cada folha dos livros abertos que agora me rodeiam e
emolduram minha cama. Para esse momento fatídico, trilha sonora de Whitesnake, uma banda de rock clássico
da qual sou extremamente fã.
Lanço um olhar enviesado para o relógio e noto
vagamente que viajo madrugada adentro; com os primeiros raios de lucidez, percebo
que estou encrencado, já deveria estar dormindo. Minha insônia é sintomática;
como uma febre, sistematicamente ela avisa que há algo de anormal afetivamente
em meu ser, alguma coisa poderosa o suficiente para impedir que meu coração se
acalme e meu cérebro descanse. Como escrever? O que escrever? É real o que
sinto, ou apenas acho que sinto? Será
que as dúvidas que corroem um ser humano podem levá-lo à loucura? Acabo rindo
sozinho. Céus, acho que meu Eu lírico nunca vibrou tanto, nunca foi tão
lírico...
- “Is this love that I’m feeling? Is this the love that I’ve been searching
for? Is this love or I’m dreaming? This must be love...” – pondera a canção
que o aparelho de som jorra sobre mim, sobre minha angústia noturna, como se os
rapazes do Whitesnake também carregassem
a mesma dúvida que eu.
Acho que as coisas
deviam ser mais simples, embora saiba que na vida nada é realmente simples, e
que o amor (se for realmente ele), é algo totalmente imprevisível e
indeterminado. Insanos, insones devaneios...
O que venho sentindo
tirou meu sono com muito mais facilidade do que uma xícara de café forte, bem
quente.
Finalizo esse desabafo
com a interrogação que vai me acompanhar noite adentro e me perseguir dias,
semanas a fio:
- Is this love?
Danilo
Alex da Silva
Lindo menino escritor, existem interrogações que nos perseguem por toda uma vida, aposte que esta sua é uma dessas. Continue nos emocionando com suas insônias e interrogações. Sdds, abçs.
ResponderExcluirMarcia, que bom você por aqui!!! *-*
ResponderExcluirVocê está absolutamente certa.
Não há como ter certezas numa vida incerta como essa, não é mesmo? rsrs
Obrigado pelo seu comentário, ele me honrou, querida amiga poetisa!!!!
Saudades tbem!!!
Beijo grande