terça-feira, 24 de julho de 2012

A Arca de Pandora - Parte IX - Final



Embora o inglês do homem fosse bem articulado, ele misturava muitas expressões espanholas no meio da fala, não se sabe se por hábito, ou se propositalmente para irritar Hope, lembrando-o a cada frase de sua origem adversária. Terminou de falar e mirou o capitão pirata de um modo indecifrável. O inglês, apesar de ter os nervos abalados, sustentou o olhar do espanhol com altivez, tentando aparentar calma e sua costumeira arrogância. Olhou seu interlocutor de alto a baixo e reprimiu a custo um estremecimento.
O homem era justamente como os marujos haviam descrito. Estatura mediana, aparentando uns quarenta anos, pele morena, mas pálida, cabelos escuros, longos e anelados presos por uma faixa de seda, olhos escuros, cavanhaque, roupas espalhafatosas e um punhal na cintura. Anéis, brincos e colares exóticos em número exagerado. Semblante e posturas próprias de um espanhol. Vestimenta típica de um cigano. Olhar frio como uma lápide. Sorriso maldoso que, quando esboçado, deixou à mostra alguns dentes de ouro. Cruzou os braços e observou o inglês com arrogância.
- Vejo que sabe quem sou. – replicou Hope sem tirar os olhos do outro.
- Difícil no saber algo acerca del hombre que tem causado tantos dissabores a mi pueblo.
Foi a vez de Hope sorrir:
- Se sabe o que fiz ao seu povo, de fato me conhece, melhor até do que eu poderia imaginar. Eu, entretanto, não o conheço. Quem é você?
Fazendo um floreio com as mãos, executando uma pomposa mesura, o homem curvou-se para frente antes de se apresentar:
Mi nombre es Esteban Ramirez. Trago os cumprimentos del Rey de España, Don Filipe II.
Ao ouvir isso, Hope titubeou. Seu rosto empalideceu imediatamente, perdendo por instantes sua expressão soberba. O inglês então viu que o espanhol a poucos metros de si, banhado pela luz da lua cheia, não projetava sombra no convés. A sombra de Hope estava lá, mas a de Ramirez curiosamente, não.
- Então Filipe II enviou você, heim? Agora compreendo, você é uma espécie de arma secreta da Espanha. Veio naquela arca maldita, soterrado pelo tesouro. Mas estava morto; eu vi com meus próprios olhos. Como pode ter voltado à vida?
Dom Esteban soltou uma gargalhada sombria ao perceber a confusão nos olhos do inglês. Apenas riu, essa foi sua resposta.
- Você não é humano... é? – indagou Hope temeroso, sentindo o coração acelerar subitamente.
No, mi amigo, yo no soy humano como tu. Deixei de ser faz alguns séculos. Entre vós, sou Esteban, o cigano. Mas entre os meus, soy conocido como El Diablo.
- Se não é humano, o que você é?
Nova gargalhada de deboche escapou dos lábios pálidos do espanhol, antes que ele respondesse de modo funestamente enigmático:
- Tenha calma, hombre. Em breve irás saber.
Permitindo que o silêncio angustiante reinasse por alguns segundos e, desse modo torturando psicologicamente ainda mais seu odiado interlocutor, Esteban continuou:
- Eu caminho por esta tierra há muy tiempo. Nasci, cresci e fui transformado na minha pátria, España. Enquanto era mortal, vivi entre mi pueblo, aquellos que usted conhece por ciganos. Mas um dia un hombre, un amigo em quem confiava, presenteou-me com a inmortalidad. Pratiquei o mal contra aqueles que foram meu povo. Levei a eles la muerte, el miedo y el dolor. Pero um dia descobriram alguns de mis pontos fracos, e fui capturado. Estive em poder da Inquisição.
Parando um momento nesse ponto, Dom Esteban Ramirez fitou seu inimigo com intensidade e prosseguiu;
- Creia-me, mi compañero, no fue divertido... La iglesia sabe como tratar a sus enemigos... Sólo não fui destruído porque  el rey da época não o permitiu. Dizia que eu podia ser útil em algún momento... Entonces, permaneci aprisionado por muito tempo, tanto que perdi la noción de quanto... Meses, anõs, décadas, séculos, não tinha como saber. Pero un día Don Filipe quis me ver... Foi hablar comigo no calabouço donde yo me achava preso, alimentando-me principalmente de ratos. Ele me disse que mi país, mi madre, España, necessitava de mim.
Neste ponto da narrativa, Esteban parou de falar por mais um instante e voltou-se para Hope com ódio mortal chispando em seus olhos negros. Apontando o dedo acusadoramente para seu interlocutor, o espanhol continuou:
- Como estive muito tempo isolado nas trevas de minha prisón, eu ignorava o que acontecia aqui fora. Y el rey, Don Filipe II, falou-me de vocês, lós británicos. Saqueando e matando meu povo... Afundando nuestros barcos... Trazendo enormes perdas financieras à Coroa Española... O rei disse que eu tinha a chance de reparar os males que había causado ao meu país. Além disso, eu estaria livre novamente. Apenas precisava dar a los británicos una lección.
Enquanto falava, o espanhol andava de um lado para outro no convés sombrio do galeão, como se contasse a história mais a si do que ao inglês, propriamente. Hope, estático, apenas seguia o outro com o olhar sem nada dizer.
Yo aceitei la oferta de imediato, claro! Quería ser libre pero, antes de qualquer coisa, yo soy español, hombre! Acho que me compreende, capitán; usted me parece o tipo de hombre que también faria tudo por su país.
O hispânico fez mais uma pausa e, diante do insistente silêncio do outro, prosseguiu:
Don Filipe contou-me tudo o que yo necesitaba saber sobre vocês. Soube de El Dragón, Francis Drake, el temible pirata. Mi rey me contou sobre sua forte amizade con él, Drake. Son prácticamente hermanos, não é assim, Don Jason Hope? 
Vendo que o inglês, muito pálido, passava a língua sobre os lábios ressecados, Esteban sorriu maldosamente antes de completar:
- Pelos crimes contra o meu povo, morrer era muito pouco para El Dragón. Ele merecia algo peor que eso. Por isso, você é o alvo, capitán. Por isso, fui enviado. Francis Drake merece perder um amigo querido. Ele deve viver para carregar este dolor. Assim talvez aprenda a no más prejudicar mi gente, mi tierra.
Segundos angustiantes se arrastaram pesadamente dentro da densidão do silêncio mortal em pleno oceano.
- Se queria a mim, por que matou tantos irmãos meus? Por que me salvou naquele motim? – indagou Hope, confuso.
- Porque era yo quem deveria tirar sua vida, capitán. Você também odeia meu povo, e também fez minha gente sofrer, señor. Merece murir. Pero antes de encontrarse con la muerte, usted devia sofrer, inglês. Devia ver seus homens morrerem, ser castigado por fome, sede e  peste, ser traído e abandonado pelos seus, beirar à loucura.  Sabe cómo es mi rey; Don Filipe II es un hombre muy religioso... Por isso adotou todas essas simbologias bíblicas em sua vingança. Reparou nos detalhes? Morte, fome, pestes... Parecido con las diez plagas. Como él também aprecia mitologia grega, resolveu batizar este navio de modo sugestivo. Por isso o barco se llama Pandora. A abertura da arca maldita a través de sus manos, señor Hope, foi o que provocou todos esses males. Usted abriu a arca de Pandora, capitán. Tudo por causa de sua ganância. Tu culpa. Como se sentiu, vendo seus homens sofrendo e morrendo, sem poder ajudá-los, Jason Hope?
Esteban Ramirez percebeu que o rosto e as mãos do capitão pirata inglês se crispavam de ódio. Muito tranquilo, o cigano soltou uma risada impertinente.
- Frustrante, não é, británico? Agora sabe como Don Filipe II se siente quando vocês atacam nuestros hermanos e fazem llorar a Mãe Espanha.  Pero tengo que darle las gracias. O plano funcionou perfeitamente por sua causa. Inglés arrogante! Foi facilmente enganado. A escolta espanhola que se deixou abater tão fácil... O galeão, tão poderoso, que fugiu de ti e ainda assim foi capturado... Todos tínhamos nossas ordens, comandante; inclusive eu. Tudo deveria acontecer exatamente como aconteceu. Y ahora se aproxima o momento do seu fim, capitán Hope.
Mal o espanhol acabou de falar, um estampido seco soou a bordo do Pandora. De olhos arregalados, com um grito que expressava dor e surpresa, Dom Esteban viu-se projetado brutalmente para trás, indo cair pesadamente de costas aos pés do mastro. Seu peito desnudo cobriu-se de sangue negro e apodrecido.
A poucos passos dele, de pé, com rosto sério e olhar raivoso, Hope ainda empunhava a pistola fumegante, a qual havia sacado com rapidez e disparado com maestria. A sombra de um sorriso vitorioso surgiu em seus lábios, mas foi fugaz como a brisa. O espanhol estava se mexendo no chão. Hope recuou um passo, sustendo a respiração. O que era aquilo que tinha aparência de gente, mas na verdade, era uma das crias do inferno? O cigano petulante havia recebido um tiro de pistola no meio do peito, à queima-roupa. Qualquer ser humano estaria morto ao ser alvejado daquele modo, daquela distância tão curta.
No entanto, o espanhol não era mesmo um ser humano como qualquer outro mais. Dom Filipe fora sábio ao escolher sua espada vingadora para enviar aos ingleses. O cigano, ainda caído de costas, após tossir um pouco daquele sangue escuro e pútrido, começou a rir tenebrosamente e abriu os braços como se fosse voar.
 Enquanto isso, desprezando a gravidade, seu corpo se ergueu de modo fantasmagórico, sobrenatural. Sem que ao menos precisasse fazer o mínimo esforço ou sequer flexionar os joelhos, Dom Esteban foi içado do chão e, de modo flutuante, o ângulo de seu corpo mudou, endireitando-se até que estivesse de pé novamente, como se mãos invisíveis o estivessem levantando. A bala foi expulsa da carne e o rombo no peito se fechou milagrosamente. Incrédulo, Hope esfregou os olhos, sem poder acreditar no que eles enxergavam. Com um grunhido, Esteban fitou Hope de modo irônico e exclamou:
Ê, cabrón! Bom disparo, mas a dor me deixa muito furioso. Prepara-te, que sua hora chegou! Vai entender porque me chamam de El Diablo e vai saber, de una vez por todas, o que soy yo!
Em seguida, Dom Esteban Ramirez rugiu como fera. Seus olhos negros transformaram-se em duas bolas infernais, vermelhas como sangue e ardentes como brasas. Sua pele estava mais pálida e tétrica do que nunca. Abriu a boca e exibiu seus dentes; os caninos haviam crescido incrivelmente e eram perigosamente pontiagudos. Tinha olhos injetados de demônio e presas de lobo.
- Vampiro? – murmurou Hope, entre perplexo e apavorado.
A coisa com dentes afiados e olhos malignos riu com voz inumana diante do inglês, realçada de maneira fantasmagórica pelo luar frio e mortal.
Si, mortal orgullosoUn vampiro. Eu sou seu último pesadelo. Don Filipe predisse que eu seria sua última aflição. Sua última praga. Me gusta pensar assim, capitán. Que soy un ángel vengador español. Comandante Jason Hope, esta noche soy tu castigo de Dios!
Com mãos trêmulas, Hope olhou para a pistola ainda quente em suas mãos. Era uma arma inútil, já que o monstro não lhe daria tempo para recarregar. Atirou longe a pistola, desesperado. Percebeu então que o cigano sobrenatural fitava a espada em sua cintura. Não era um olhar de sarcasmo, mas de certo temor. Hope sentiu uma faísca de esperança surgir em seu interior. A rapieira espanhola tinha a lâmina feita de prata pura. Se a criatura por algum motivo temia esse metal, talvez houvesse um modo de destruí-la ou, pelo menos, detê-la.
Depositando toda sua vontade e energia no gesto, Hope levou a mão ao cabo da espada e conseguiu puxá-la da bainha. Todavia, não teve tempo de usá-la. Veloz como o vento, antevendo a manobra do oponente, o cigano sacou seu punhal da cintura e o arremessou com força e precisão, demonstrando uma habilidade que estarreceria um artista circense. A lâmina cruzou o ar zunindo, atravessando a escuridão com rapidez.
Hope soltou um grito e largou a espada quando uma dor atroz surgiu inesperadamente. A lâmina arremessada cravara-se firme e dolorosamente em sua carne, atravessando a mão que usava para esgrimir. A palma fora trespassada pelo punhal hispânico. O sangue brotou, vermelho e quente, em meio a espasmos de dor. O cheiro metálico emanado pelo sangramento fez com que o vampiro ficasse fora de si. Esboçou um sorriso psicótico para o inglês que fazia careta de dor e segurava a mão ferida.
- Está escrito que o sangre es la vida. – disse o monstro se aproximando, agarrando violentamente a mão ferida do pirata e lambendo-a com sofreguidão, sem que Hope, tomado de asco, pudesse evitar.
Com uma expressão de deleite, o cigano espectral parou de lamber o machucado e ergueu a cabeça para a noite que flutuava acima da altíssima mastreação do galeão. Lambeu os lábios rubros e fitou o inimigo amedrontado:
- Quem escreveu estava certo. Sangue é vida. E por isso necessito dele. Preciso dele em mim, porque yo soy la Muerte!
Hope sentiu que garras afiadas o envolviam num abraço mortal. Viu-se jogado com força sobrenatural, de costas contra o mastro principal, e a pancada foi muito grande, a ponto de fazê-lo imaginar que sua espinha havia se partido. O ar entrando em seus pulmões parecia repleto de fogo. Dificuldade para respirar. Uma porção de costelas quebradas, com certeza.
Antes que fosse ao chão, tão rápido quanto um piscar de olhos, o maldito cigano já o havia alcançado novamente. Hope arrancou o punhal da mão ferida e bravamente tentou golpear a fera, tendo em seguida, entretanto, sua mão segura com irritante facilidade. Como se ele fosse uma criança tentando socar um adulto. Dom Esteban Ramirez, após tirar o punhal das mãos sangrentas do pirata, segurou-o rudemente pelo pescoço e decolou junto ao mastro principal. O movimento, de tão rápido, quase destroncou o pescoço do inglês, que arfou. Hope, embora tendo os olhos marejados pela dor e pelo quase estrangulamento, percebeu que estavam subindo. Voavam? Seu cérebro já embotado compreendeu que mais uma vez o espanhol estava desafiando as regras que regiam o mundo natural. As botas do monstro produziam um rangido seco ao atingir a madeira do poste.
Segurando a presa pelo pescoço, o vampiro estava correndo ao longo do mastro. Correndo na vertical! Tão tranquilo, como se fosse a coisa mais habitual que fizesse. Seus olhos em brasa ardiam bem perto do rosto do agonizante pirata. Enquanto escalava a mastreação com a agilidade de um macaco diabólico, Esteban cantarolava sua canção espanhola, que imprimia em seu olhar insano um quê de saudosismo.
Jason Hope estava sufocando. Fervendo em ódio impotente nas garras do inimigo praticamente indestrutível. Humilhado no momento de sua morte por aquele ser que nascera em terras espanholas. Hope notou que o outro parara de cantar. Continuavam subindo, como se não fossem parar nunca, como se viajassem rumo ao céu noturno onde boiava uma belíssima lua cheia.
O capitão pirata viu dentes longos e afiados se aproximando. Uma fisgada no pescoço. Estremeceu. Seu sangue, sua vida sendo sugados com avidez para o interior do morto-vivo que o assassinava. Desespero. Aflição. Ódio. Dor. Impotência.  A última visão de Jason Hope, antes que tudo se apagasse, a derradeira lembrança que levou desse mundo foi envolta por alucinações. Ele viu o mar, mas o mesmo estava vermelho. O mar revolto tinha a cor do sangue. Do seu sangue. Uma maré de sangue onde, vagarosamente, o bravo pirata inglês naufragou solitário naquela noite de terror.

Uma semana, depois, numa tarde ensolarada que dourava o mar, o navio The Golden Hind, que era o gigantesco galeão inglês do pirata Francis Drake, deparou-se com outro galeão no meio do oceano. Um enorme navio espanhol chamado Pandora. Estavam perto da costa africana. Como o galeão espanhol parecia desabitado e navegava à deriva, Drake ordenou que se aproximassem, lançassem os ganchos para prender o barco espanhol e baixassem âncoras. Assim foi feito, e imitado pelas dez embarcações pirata que acompanhavam o Golden.
  Quando atravessou sobre a prancha e pisou o convés daquele sombrio galeão espanhol, o grande pirata inglês teve um mau pressentimento. Um rangido na mastreação principal fê-lo olhar para o alto. Seu sangue inglês gelou nas veias. Então, enquanto seus marujos debruçavam-se sobre as amuradas do Pandora para vomitar devido o terrível mau cheiro de corpos em decomposição proveniente do castelo de proa, Francis Drake erguia os punhos cerrados e urrava, tomado por fúria e ódio. Seu melhor amigo, Jason Hope, estava pendurado pelo pescoço na trave mais alta da mastreação, branco como leite, enrolado zombeteiramente em uma bandeira da Espanha.
 Depois daquele dia chocante para Drake, seu ódio pelos hispânicos triplicou e o pirata dedicou-se com redobrado afinco a caçar os galeões latinos, bem como a dizimar a gente de Dom Filipe II. Era esse mesmo ódio que levaria o capitão pirata inglês favorito da rainha Elizabeth I a, oito anos mais tarde, liderar e conduzir a uma estrondosa vitória a Armada Inglesa em combate contra a Invencível Armada Espanhola da qual, a bordo do Golden Hind, Francis Drake afundou vinte e três navios.
Eis os fatos, meus queridos amigos e leitores. Acredite ou não, devo adverti-los: muitos são os perigos do mar, sobretudo os preternaturais, como o Kraken, os espíritos dos navegantes e o sedutor canto das sereias. Mas nada disso se compara a visualizar um navio fantasma. Se por acaso estiverem na costa, e em noite de lua cheia, que é quando ele surge, virem um galeão espanhol, podem se preparar para o pior.
Caso vejam um navio imenso, de três andares, com majestosa mastreação e duas âncoras, com uma figura de proa de uma mulher jovem de cabelos revoltos segurando uma caixa, estão em perigo. Verão piratas espectrais trabalhando a bordo, regidos por um capitão morto-vivo, em decomposição, com uma corda no pescoço e claras marcas de mordida no mesmo, gritando e praguejando sem parar. Se por ventura virem isso, façam uma oração. Desviem a vista. Fujam. Salvem suas vidas!
Afastem-se, pois o Mal está por vir. Enquanto correm para longe, tapem os ouvidos; não ouçam os marujos cantando, pois, quando a canção for entoada, nenhum dos viventes que a escutar poderá escapar.

Fim

Danilo Alex da Silva


24/07/2012


“Eu vejo os fantasmas de navegadores, mas eles estão perdidos
Ao navegarem para o por do sol, medirão as consequências
Enquanto seus esqueletos acusam emergir do mar
As sereias das rochas, elas me acenam”

(Ghost of the Navigator – Iron Maiden)

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