O
panorama que se descortinava diante dos olhos aterrados dos piratas era
realmente fantástico, impossível de crer mesmo para aquelas testemunhas
oculares, tão destemidas em todos os cantos do mundo, em cada mar por eles
navegado, onde realizassem suas pilhagens impiedosas.
Para
que algo assuste um corsário, é necessário que tenha origem sobrenatural, pois
praticamente tudo o que é normal neste mundo já foi contemplado pelos bandidos
do mar, e seu coração de pedra já se habituou a todas essas situações naturais.
Mas aquilo que eles veem e não são capazes de explicar ou compreender, isso sim
os amedronta. Ainda mais quando se trata do mistério que estavam divisando
naquela noite de calmaria, no meio do mar ermo e sombrio, cuja superfície,
liberta da ação do vento, estava plácida e silenciosa como a de um lago.
Hope
e seus homens, tomados por verdadeiro assombro mesclado ao desespero,
observavam a cena macabra sem ousar dizer nada. O som se recusava a sair de
suas gargantas secas e arranhadas. Apenas seus olhos esbugalhados se moviam de
um lado para outro nervosamente, fixos na embarcação que estava agora bem
próxima, navegando ao lado do Pandora,
que continuava totalmente parado no meio do oceano. O barco que estavam
enxergando não pertencia a esse mundo, não fazia parte desta realidade.
Bem
diante de seus olhos, um navio fantasma singrava o Atlântico naturalmente, como
se sua existência fosse tão aceitável quanto à do barco perante o qual a
aparição se apresentava. Como se já não bastasse o navio que vissem ser uma
projeção sobrenatural, havia algo ainda pior: os corsários foram gradativamente
percebendo que o conheciam, e isso triplicou seu pânico.
O
barco que agora estava ao lado do Pandora também
navegava sob as cores da Espanha. Era imenso: possuía cerca de três andares e
dispunha de mais de oitenta canhões para enfrentar os inimigos em alto-mar.
Duas âncoras colossais equipavam o costado titânico. As velas enfunadas
garbosamente na mastreação imponente e reforçada, proporcionavam um ar ainda
mais majestoso à elegante embarcação. Um galeão espanhol muito bem construído,
próprio para confrontar tempestades e piratas. Um opulento gigante dos mares.
Uma
neblina fantasmagórica envolvia o sinistro barco, ocultando seu nome escrito no
costado, bem como a figura de proa. Mas os piratas não precisavam disso para
que soubessem de qual embarcação se tratava. Aquelas velas, aquela mastreação
era inconfundíveis... Uma grossa camada de musgo recobria a espessa corrente
que sustentava as âncoras. O pano das velhas parecia puído e tinham alguns
rasgos em algumas partes. A madeira que estruturava o navio, embora forte e
poderosa, aparentava estar velha e rangia mais do que o comum.
Mais
do que nunca, o som do vento incomum assobiando no cordame era espectral,
assemelhava-se ao gemido doloroso das almas condenadas. Indiferente aos pasmos
espectadores, a tripulação do funesto navio se movia com agilidade pelo convés
do barco preternatural. Piratas. Homens musculosos e tatuados, o suor escorria
em seus corpos repletos de cicatrizes de combate, brilhando à luz prateada da
lua cheia. Todavia, os tripulantes não eram pessoas normais.
A
bordo do outro navio, os piratas eram todos mortos-vivos. Seres sem alma, que
trabalhavam mecanicamente, de modo resignado, executando repetitivamente o serviço
enfadonho que desenvolveriam eternidade adentro. Quando se voltavam para fitar
o pessoal a bordo do Pandora, seus
olhos eram mortos, sem brilho. Alguns tinham ossos expostos, em outros se
podiam ver, por crateras abertas no corpo, órgãos funcionando. Marujos em
decomposição; faces esqueléticas voltadas para a lua, e dedos descarnados
cumprindo meticulosamente todos os serviços de bordo, os quais seriam bem mais
apropriados aos vivos.
De
seu posto junto da amurada, Hope assistia à cena de olhos esbugalhados, como os
de um louco. Marinheiros fantasma tripulavam o outro descomunal galeão, que
naquele momento descrevia uma curva para emparelhar com o Pandora. O capitão inglês viu então, cheio de perplexidade, o
comandante da embarcação espectral. O homem, se é que se podia chamar assim
aquela criatura horripilante, estava de pé na ponte de comando, observando
enquanto seus marujos piratas mortos-vivos trabalhavam arduamente para que o
navio realizasse corretamente a manobra que traria o barco fantasma para junto
do navio dos vivos.
Hope
pousou seus olhos na figura do outro capitão. Era um homem alto e magro,
empertigado, um ar levemente arrogante e postura digna. Um inglês! O que
estaria um britânico fazendo a bordo de um navio espanhol? A pele asquerosa do
homem, repleta de chagas, estava tomada por uma palidez mortal e seus olhos
opacos tinham um brilho vulpino. Do alto da ponte, ajeitando seu amarfanhado
chapéu de três pontas, o abominável capitão espreitava sua tripulação e gritava
com uma voz inumana:
-
Ao trabalho, bastardos! Mais rápido! Pensam que tenho todo o tempo do mundo,
energúmenos? É longa a viagem até o inferno, e o bojo de nosso barco está cheio
de almas a ser entregues no reino maldito das chamas. O Príncipe Caído se
orgulhará de nós, já que é em nome dele que pilhamos e matamos. Vamos,
condenados! Apressem-se, cães! O tempo urge, e há muito trabalho a fazer!
E
sob os gritos enérgicos do capitão sombrio, os piratas cadavéricos trabalhavam
mais e mais, como se as palavras de seu superior estalassem, soando tal qual um
chicote em seus ouvidos apodrecidos. Das gargantas mortas, onde jaziam cordas
vocais entrando em processo de decomposição, escapava um grunhido sobrenatural,
seguido por um cântico próprio para aquelas ocasiões. Os mortos entoavam um
canto que haviam aprendido em vida, antes de se tornarem aquelas criaturas
repulsivas e pútridas, cujos pedaços iam ficando caídos no convés, à medida que
eles se esforçavam no trabalho de bordo.
Hope
tinha certeza que havia algo de peculiar naquela cena. Captara certa familiaridade
no timbre do capitão fantasma. O modo como o mesmo se expressara, o ritmo em
que os homens labutavam, a canção que se elevava no ar estagnado... De repente,
sentindo o ar faltar nos pulmões, Hope exclamou:
-
Só posso estar maluco! Que os cães do inferno me mordam se isso for verdade!
Como
se pudesse ouvir as palavras do pirata inglês, a bordo do galeão fantasma, o
capitão espectral voltou a cabeça e notou o olhar abismado de Hope. Sim,
exatamente como Jason Hope havia imaginado: aquele comandante cadavérico era...
ele! Jason Hope também, mas uma versão erguida da escuridão do sepulcro, onde
deveria permanecer em seu repouso eterno, aguardando o dia do Juízo, do qual
nenhum homem pode escapar. Sentindo a cabeça girar, Hope imaginou estar fitando
um personagem arrancado de seu pior pesadelo, um ser que surgisse especialmente
para atormentá-lo. O capitão fantasma mirou Hope e sorriu com escárnio.
O
galeão fantasma estava tão perto agora, que os tripulantes do Pandora podiam divisar, com riqueza
de detalhes, o outro navio e seus horrendos tripulantes. E então, assim como
Hope, os outros marujos identificaram sua réplica macabra na tripulação a bordo
do outro navio e grunhiram, angustiados. O Hope cadavérico fitava o capitão do Pandora intensamente, como num
desafio. Era, com certeza, a mais aterradora figura a bordo daquele navio
fantasma.
Os
seus globos oculares estavam apodrecendo, e enquanto giravam nas órbitas,
moscas imensas teimavam em pousar sobre eles. Grande parte do rosto estava em
carne viva, o que resultava numa massa purulenta por onde passeavam vermes
necrófagos. Os ossos do maxilar tinham perfurado a carne e estavam
expostos, de modo que, quando o infernal capitão sorria, o que se via era uma
boca horrenda e sangrenta, com poucos dentes, parcialmente recoberta de carne.
As roupas de capitão, embora bem feitas, estavam puídas, e, envolvendo-lhe o
corpo magricela, davam a impressão de estar cobrindo um espantalho, ao invés de
algo que um dia fora um homem. De onde estava, Hope conseguiu sentir o mau
cheiro que seu sósia repugnante emanava.
Ciente
do asco e pavor que sua imagem causava, o capitão fantasma esboçava seu sorriso
tenebroso. Erguendo a mão esquelética, coberta de pele necrosada, moveu os
dedos descarnados e acenou zombeteiramente para Jason Hope, o qual estremeceu e
cobriu a boca com as mãos, achando que ia vomitar. Um vento
repentino varreu por instantes a névoa mística que envolvia o navio fantasma e
então, os viventes que a tudo assistiam, enxergaram o costado e a proa do
galeão tenebroso. Se até aquele ponto tinham alguma dúvida, ela se dissipou
naquele momento.
A
figura de proa do temível navio era uma ameaçadora e bela jovem grega, de olhar
sombrio e cabelos revoltos, segurando uma caixa ornada. No costado corroído por
cupins e castigado pelas intempéries, estava gravado o nome do barco. Um nome
que, ao ser lido, fez falhar o coração pulsante de cada pirata sob as ordens de
Jason Hope. Como já podem imaginar, meus amigos e leitores, o galeão espanhol
fantasma não poderia ter sido batizado de outra forma. Chamava-se Pandora.
Sim,
aquele barco adiante era o Pandora.
A despeito dos rasgões nas velas, o musgo na corrente, a deterioração nas
cordas que compunham o cordame e na madeira que alicerçava a imensa mastreação,
bem como as manchas de sangue na figura de proa e no costado apodrecido pelo
tempo e pelo mar, os diversos esqueletos de enforcados pendentes das traves do
mastro principal. Apesar de tudo isso, e da funesta tripulação, o que inclui o
vulto repulsivo de seu capitão, aquele navio era o Pandora.
Hope
percebeu que aquela visão aterradora era um espelho dantesco de sua embarcação.
Um reflexo terrível do que viria a ser aquele galeão espanhol tão imponente, e
de todos aqueles que o tripulassem. Cadáveres sem vontade, criaturas sem almas,
escravizados pelo Diabo e condenados a vagar pelos mares por todo o sempre,
ceifando almas em plena beleza divina da paisagem marítima. Um vislumbre
assustador do futuro, era isso que significava a aparição tétrica do Pandora infernal diante do Pandora comandado pelo Jason Hope
vivente.
O
navio fantasma estava lado a lado com o galeão espanhol, desde então
amaldiçoado. Como foi dito no princípio, navios fantasma são interpretados como
presságio de morte. Logo, aquela aparição era uma mensagem funesta, um recado
impiedoso do Anjo Ceifador, mostrando que ninguém a bordo daquele galeão
espanhol escaparia com vida. Aquele era o destino de seus tripulantes; morrer e
se tornar um servo das trevas por toda a eternidade. Não havia outro caminho.
Não havia chance ou esperança de salvação. Escuridão era o que vivenciavam, e
escuridão era o que os aguardava no futuro. Hope teve total consciência disso
no momento em que colocou seus olhos naquele barco assombrado que navegava ao
lado do seu. Os piratas que respiravam olhavam para suas cópias cadavéricas e
permaneciam mudos de espanto.
A
bordo do navio fantasma, obedecendo ao seu abominável capitão, os piratas
mortos-vivos fitaram seus correspondentes vivos, ergueram as armas numa
saudação sinistra e, como se tivessem ensaiado, cantaram a uma só voz, de modo
grave e amedrontador:
-
“Ahoy! Aproveitem cada gota de rum, e
embebedem sua espada com sangue inimigo! Amem as donzelas e desprezem o perigo.
Sejam devotados ao mar, pois seu tempo é escasso. A canção foi entoada, e seu
caminho já foi traçado. Quando selar-se o vosso destino, nenhum de vocês poderá
escapar! Yo-ho-yo-ho!”.
Então,
embalado por essa canção agourenta, o Pandora fantasmagórico
guinou vivamente mais uma vez e a cortina de névoa sobrenatural, erguendo-se do
oceano, se adensou, envolvendo o barco quase inteiramente enquanto ele se
afastava. Durante algum tempo ainda foi possível avistar a claridade
avermelhada das grandes lanternas de popa que oscilavam, enquanto o navio
fantasma se afastava empurrado pelo vento espectral que beneficiava apenas a
ele, pois o restante do mar continuava parado, silencioso, morto.
Para
aflição dos homens de Hope, também foi possível escutar a canção tenebrosa dos
piratas cadavéricos durante algum tempo, a qual foi, em dado momento, superada
por uma gargalhada mortal e escabrosa, a que só podia ter escapado da garganta
do capitão fantasma. A seguir, tão silenciosamente quanto chegara, o Pandora pertencente ao reino dos
mortos sumiu-se na escuridão e na distância marítima, envolvido em neblinas que
não pareciam nunca haver existido.
Entretanto,
para infelicidade dos piratas ingleses, o navio infernal que prenunciava a
morte se foi, mas a calmaria ficou. Mortal, silenciosa, envolvendo com seus
tentáculos, pegajosos e inescapáveis como os do Kraken, o galeão espanhol
amaldiçoado pelas forças sobrenaturais obscuras.
A
lua e a noite foram embora, e o sol voltou, ardente, castigador, fazendo suar
os marujos semimortos, cujas gargantas estavam ressecadas e as línguas pareciam
lixas. A ausência de vento era mesmo sua sentença de morte. Os
homens continuavam amanhecendo com marcas de picada no pescoço, no estômago e
nas mãos. Reclamavam de cansaço, surgiam pálidos e não gostavam de se expor ao
sol. Preferiam a escuridão acolhedora e úmida dos porões.
Aquilo
que Hope classificara como escorbuto não se cansava de atacar os marujos. Parecia
drenar-lhes as forças, o sangue. Talvez Hope houvesse chamado isso de escorbuto
porque alguns sintomas eram semelhantes, tais como palidez, hemorragia e
anemia, que parecia ser o que acometia os piratas, já que eles morriam
apresentando não possuir mais sangue nos corpos. Mas escorbuto não deixava
marcas de picada. E não matava tão rápido também. Tinha de ser outra coisa.
Depois
de vislumbrar o navio fantasma, os marujos não tinham mais dúvidas que o Pandora estava amaldiçoado. Quem
precisava ir até o porão fazia questão de ficar bem longe do local onde jazia a
maldita arca. Certa tarde, a tripulação ouviu um homem cantando em espanhol, a
música vinha do porão, justamente do ponto onde repousava o funesto baú.
Carrasco se dispôs a ir verificar. Minutos depois, ouviu-se um grito de horror
do pirata, seguido de um estampido seco.
Foram
ver o que se passava e acharam o destemido corsário meio agachado, trêmulo,
empunhando a pistola fumegante. A custo ele conseguiu explicar que descera as
escadas seguindo a voz hispânica que cantava. Ao se aproximar, o silêncio
reinou. Então ele vira, no escuro do porão, um cão negro grande e de
olhos perversamente vermelhos, que mostrou-lhe os dentes rosnando e retesou-se
nas patas traseiras, pronto para saltar sobre ele. Gritando de horror, dando
dois passos para trás, Carrasco sacou rapidamente a arma e disparou, tropeçando
em um barril e indo ao chão.
O
tiro raspou o sinistro cão, que fugiu para o fundo do porão e abrigou-se atrás
da arca amaldiçoada, onde ninguém tinha coragem de ir. Ouvindo a história do
homem, e ajudando-o a se erguer, os piratas foram em grupo vasculhar o local
onde o bicho havia se escondido, mas, como era de se esperar, não acharam nem
sinal do cão. Todavia, nenhum dos piratas duvidou da veracidade do que o
companheiro contara.
É
verdade que, devido à inesperada imobilidade do barco preso na calmaria, boa
parte da comida estragara ou fora roída por ratos, e a água potável estava
quase se esgotando, assim como as bebidas alcoólicas. Portanto, a fome, a sede,
e a misteriosa doença que atacava os tripulantes poderiam contribuir para que
os piratas fossem vitimados por alucinações; porém, todos sabiam, não era o que
acontecera a Carrasco. O homem vira mesmo algo estranho no porão naquela tarde.
Precisavam se livrar daquela arca infernal. Resolveram atirá-la ao mar.
Decidiram
comunicar o fato ao capitão Hope, mas ele se opôs imediatamente. Furioso,
bradou que ninguém devia tocar naquele baú. Falava e brandia ameaçadoramente
sua rapieira de prata, para intimidar os homens, todos tomados por palidez
mórbida e suor febril.
Hope
reagiu de um modo inesperado quando citaram a arca. Desde a noite em que tinham
avistado o navio fantasma, o capitão não fazia mais nada senão permanecer em
sua cabine entornando, uma por uma, as garrafas de vinho espanhol que ali
havia. Mais do que nunca, vivia bêbado, e parecia mal se importar com sua
tripulação. Parecia totalmente alheio ao que acontecia ao seu redor; exceto, é
claro, quando o assunto era a maldita arca. Aquela urna sombria o havia
enfeitiçado, não havia outra explicação. E, apesar de tudo, sua vontade foi
respeitada.
Mas
os homens estavam descontentes. Dos cinquenta marujos que tinha permanecido ao
lado de Hope durante o motim incitado por William Mathison e sobrevivido à batalha,
restaram apenas trinta e sete que estavam relativamente bem. Os enfermos
portadores do mal misterioso, que rapidamente se tornavam moribundos, eram
levados para o castelo de proa; havia sido determinada uma ala de quarentena lá
pelos próprios marujos, pois havia entre os mesmos temor de que, de alguma
forma, aquela enfermidade não identificada fosse contagiosa.
Com
a falta de comida e bebida, tiveram de racionar, e isso afetou principalmente
os doentes, os quais dependiam de boa alimentação para conseguir contar com
alguma chance de recuperação, por mais ínfima que fosse. A situação, gerando o
caos e o pânico, chegou ao ápice de desespero, pois, quando um marujo era
encaminhado para a área isolada para quarentena, sabia que não tinha
escapatória.
Tomados
pelo desespero, enlouquecidos, muitos marinheiros começaram a culpar o capitão,
maldiziam a hora em que ele havia aberto aquela arca. Estavam se mobilizando
para atirar Hope e o baú ao mar porque desse modo, imaginavam, talvez
aplacassem um pouco a ira de Deus e o vento voltasse a soprar. Outros achavam
que deviam abandonar o navio, com ou sem o capitão, para que tentassem se
salvar, já que permanecer a bordo do Pandora naquelas
condições não era somente inviável, pois também se tornara impensável.
Para
impedir que estourasse um novo motim a bordo do galeão espanhol, o cozinheiro
Peter Crawford, que era um homem velho e sábio, logo, imensamente respeitado
pela tripulação, disse que queria falar com todos. Esboçando um gesto para que
fizessem silêncio, assim que a tripulação se calou, o cozinheiro disse de modo
cauteloso e solene:
-
Vamos fazer uma votação.
Continua...
Danilo Alex da Silva
“O
albatroz começou a sua vingança
Uma
terrível maldição, uma sede começou
Os
companheiros culpam o marinheiro pela má sorte
Sobre
seu pescoço é pendurado o pássaro morto”
(Rime
of the Ancient Mariner – Iron Maiden)
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