Tenho
uma alma errante e o pensamento longe.
Caminhando
pelas incertezas do presente,
Nenhum
horizonte jamais pareceu longínquo o bastante
Para
me fazer desistir.
Mas,
mesmo trazendo no peito um coração aventureiro
E
o espírito audaz de um viajante
Também
já me perdi pelos caminhos tortuosos,
Errei
por vales escuros, vaguei por desertos ferventes e solitários.
Nem
todo andante tem uma boa história para contar.
Sob
o ígneo olhar do sol que me espia por cima das dunas,
Enquanto
minha sede é feroz e os pés afundam nas areias tórridas
Que revestem o caminho incerto,
Tantas vezes meus olhos cansados já me
pregaram peças.
Acreditei
em promessas que não foram verdadeiras,
Vivi
amores que não eram eternos,
Chorei
por perder amigos que hoje passam por mim sem me notar.
Ás
vezes o sol escaldante da vida nos faz imaginar coisas que
Embora
agradáveis, são efêmeras e ilusórias. Miragens.
Coisas,
pessoas, lugares, emoções e lembranças que vem e vão
Podem
não ser necessárias. Peso morto. Bagagem extra.
Meus
passos na areia são provas do quanto andei
E
meu modo de trilhar o caminho mostra que aprendi com o tempo.
Uma
hora o deserto tem que ficar para trás.
O
sol vai ter que amainar algum dia.
Minha
esperança é o que me impele,
O
que me faz duvidar das miragens.
Muitos
já morreram de sede em busca de ilusões desérticas,
Mas
não cometerei esse erro. Chega de miragem!
Minha
fé inabalável me guia para a água que espera os viajantes,
Ela
me conduz ao oásis eterno.
Danilo Alex da Silva
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