quinta-feira, 5 de abril de 2012

O Renegado - O Caminho para a vingança - Parte VII

"Olhando para o lago, observando pelo bem dos céus
Rostos gritando em pavor
Chorando como se estivessem morrendo, nas ondas ardentes
Eu posso ver todas as almas como elas sofrem e uivam
Em sua dor eterna
Serviço recebendo seu pagamento, vivendo a vida na terra dos mortos."

(The Final Sacrifice - Avantasia)


Sean Ridell se achava de costas para a escadaria naquele momento, aparentemente ignorando o ataque traiçoeiro que estava prestes a sofrer. Talvez qualquer outro homem tivesse sido baleado pelas costas naquela noite. Mas não Sean Ridell. Definitivamente não ele. Assim como as moscas são capazes de enxergar o que acontece atrás de si, o Renegado pressentiu o perigo, pois ouviu o coração acelerado do bandido irado, bem como sua respiração arfante e o clique que o cão da arma produziu ao ser recuado. Não havia tempo para se virar, o revólver estava engatilhado e apontado para a sua nuca. Ser baleado parecia algo inevitável naquele momento.
Todavia, pela milésima vez naquela noite Sean Ridell surpreendeu sua atônita platéia, executando mais um de seus truques inacreditáveis. Com uma agilidade invejável até para um artista circense, ele, ao mesmo tempo em que sacava seus revólveres diabólicos, saltou para trás uma fração de segundo antes do bandido apertar o gatilho. A bala enviada pelo assassino passou zunindo pelo local onde segundos antes se projetara a cabeça do forasteiro e cravou-se com um ruído seco no ensebado assoalho de madeira do saloon, carcomido pelo tempo e pelos cupins. E, ao integrante do quase extinto Chamas do Inferno não foi dada a oportunidade para efetuar um segundo disparo.
Enquanto se deixava cair de costas, Sean escapou da bala que zumbiu acima dele. Segurando firmemente os Colts satânicos, quando suas costas tocaram o chão, ele jogou a cabeça para trás e apontou as armas. Não havia tempo para corrigir a posição de seu corpo. Mesmo atrapalhado pelo fato incômodo de estar enxergando tudo de cabeça para baixo, ele mirou a figura no alto da escada e apertou os dois gatilhos ao mesmo tempo, repetidas vezes. Ainda deitado daquele modo, com o mundo de ponta-cabeça, o Renegado ouviu o homem atingido soltar um grito estridente e agitar os braços desesperadamente, tentando se apoiar no corrimão. Então Sean o viu descer rolando ruidosamente os vários lances da velha escada, seu corpo se chocando violentamente contra cada degrau, seus ossos sendo dolorosamente fraturados naquela queda monstruosa. Quando finalmente chegou ao fim da escada, o bandido tossiu sangue e morreu quase em seguida.
Enquanto o Renegado girava o corpo e tentava se levantar, o último bandido se aproximou furtivamente por trás e o esfaqueou no coração. Enterrou a faca até o cabo, arrancou-a e mergulhou a lâmina de novo, e de novo. Ainda tentando entender como o assassino conseguira descer do segundo andar sem que ele percebesse, Sean Ridell uivou de dor ao sentir na carne as ferroadas da faca indígena que lhe espetava incessantemente pelas costas. Girando violentamente como um leão ferido, Sean afastou o agressor com um safanão que o atirou longe, fazendo-o rolar pelo chão e largar a faca. Quando pousou os olhos cinzentos em seu atacante, o Renegado entendeu a razão pela qual fora surpreendido: o sexto e último integrante do Chamas do Inferno possuía sangue indígena em suas veias. Os peles-vermelhas são homens conhecidos por suas habilidades furtivas de infiltração. Conseguem ser silenciosos e mortais como pumas, atacando o inimigo sem ao menos serem pressentidos.
Antes que o bandido pudesse se recuperar, Sean executou um salto lupino em sua direção e caiu sobre ele, prensando-o contra o assoalho com seu peso. Apoiando os dois joelhos dobrados sobre o peito do bandoleiro, Sean Ridell, cerrou os punhos e começou a descontar toda a sua ira e frustração no rosto do inimigo. Seus golpes tinham a potência de um coice, e a cada murro recebido, o patife sentia-se mais enfraquecido e impotente. Socava desesperadamente as costelas de seu infernal adversário, mas seus golpes pareciam não surtir efeito. As mãos de Sean castigavam impiedosamente a face do facínora, produzindo um som seco a cada pancada. O punho fechado esfacelava a pele, fazia o sangue brotar, fissurava ossos. Era como o martelo do juiz batendo sem parar, proferindo o veredicto e, concomitantemente, aplicando a punição. O Renegado sentiu o nariz do bandido estalar sob sua mão fechada. Depois, viu o maxilar sendo deslocado.
Depois de uma saraivada de socos demolidores, o rosto do bandido era uma massa disforme e sangrenta, irreconhecível como aquilo que já havia sido uma face humana algum dia. Seu queixo agora inexistia materialmente. Os poucos dentes que sobraram na boca estavam quebrados ou atados frouxamente à gengiva ensangüentada. Se permanecesse vivo, o que obviamente não seria o caso, o rosto do assassino, por mais que as feridas curassem, nunca mais seria o mesmo. Satisfeito com o resultado do seu “trabalho”, Sean se ergueu e foi buscar a faca indígena, caída a poucos metros de onde ele estava. Abaixou-se para recolhê-la do chão e se virou para contemplar o bandido que, apesar de terrivelmente ferido, conseguira sacar uma arma contra ele.
Com a sombra de um sorriso tétrico flutuando em seus lábios crispados pelo ódio, o Renegado desviou-se do primeiro e do segundo disparos com gestos hábeis e quase relaxados, enquanto caminhava de modo calmo, implacável rumo ao seu inimigo aterrorizado e vulnerável. Estacou diante do bandido semimorto e olhou dentro de seus olhos nublados pelo medo. E, como num flash, conseguir ler a memória do miserável.
Em questão de segundos, pelos olhos do bandido, numa confusão velocíssima de imagens, ele assistiu o ataque ao seu rancho. Viu o momento em que atiraram em Berthan; viu Kate esperneando e berrando, em pânico, ao ser arrastada pelos cabelos para fora da casa. Ouviu o choro aflito de James dentro do berço enquanto amarravam sua mãe a uma árvore e a despiam. Com o sangue fervendo, Sean assistiu o momento em que o bandido diante de si, depois de humilhar sua mulher com o estupro, cortou-lhe a garganta de um lado a outro, indiferente ao choro da criança que morria carbonizada dentro da casa, a qual seus amigos se encarregavam de incendiar. Essas imagens passaram rápida e confusamente diante dos olhos do Renegado, mescladas a inúmeras outras, referentes às demais famílias que tinham sido vitimadas por aqueles monstros. Mulheres e crianças choravam, homens emitiam gritos ensurdecedores de dor, raiva, frustração e morte. As mãos daquele bandido estavam irremediavelmente manchadas de sangue inocente.
Voltando à realidade, mais furioso do que nunca, Sean empunhou a faca obstinadamente e a enterrou diversas vezes no corpo do bandoleiro, até se cansar, tendo o cuidado de tentar não atingir nenhum ponto vital, para que a morte do cretino não fosse imediata. Depois, similarmente ao que fizeram a Kate Ridell, O Renegado rasgou o pescoço do sujeito com um gesto rápido e firme, de orelha a orelha. Com a garganta seccionada, o homem tentou gritar, contudo, o máximo que conseguiu foi gargarejar sinistramente com seu próprio sangue. Escorregou para o chão de olhos esbugalhados, com as mãos sobre o imenso corte no pescoço, tentando de algum modo bloquear a hemorragia fatal. Com um estertor rouco, ainda agonizou mais alguns instantes e depois fechou os olhos para nunca mais voltar a abri-los. E foi desse modo que o Chamas do Inferno se extinguiu para sempre, recebendo de volta e em juros, todo o mal que haviam praticado contra as pessoas decentes, cuja maior infelicidade em vida foi cruzar seu caminho.
Tão logo o coração do sexto e último bandido parou de pulsar, um espetáculo macabro teve início. As almas dos assassinos estavam sendo expelidas dos corpos. Eram tão negras e manchadas que não passavam de sombras, assemelhavam-se a silhuetas abomináveis feitas de fumaça escura. Algumas das almas estavam embaraçadas nos corpos, exatamente como quando nosso pé fica preso em um buraco, ou engastalhado em um rolo de cordas molhadas, ou em um monte trapos no chão. Irados, os espíritos dos bandidos seguravam as pernas presas com ambas as mãos enquanto tentavam se libertar. Estavam terrivelmente assustados e confusos; alguns tentavam retornar aos corpos e, não obtendo sucesso, gritavam maldições e rugiam, frustrados. Quando divisaram Sean parado perto deles, fitaram-no com ódio.
- Você é o culpado disso tudo! – berrou o bandido com aspecto indígena, aquele que tinha morrido por último.
Os pistoleiros automaticamente tentaram sacar suas armas, mas elas não existiam naquele novo plano em que se achavam. Não possuíam nada senão seus pecados. Então os assassinos trocaram um olhar embasbacado.
Apesar de ser quem era, o Renegado observava-os cheio de perplexidade. Lançara um olhar ao redor e percebera os presentes pasmos, silenciosos, secando-o. A platéia estava boquiaberta pelo que ele acabara de fazer, todavia com certeza não podia ver o que Sean via. As pessoas ignoravam aquela atividade espiritual que acontecia naquele instante no centro do saloon Night Train. Certificando-se que era o único observador daquela curiosa situação, Sean Ridell voltou seus olhos cinzentos para os seis fantasmas diante de si.
Subitamente uma atmosfera gélida e malévola, de origem unicamente espiritual, assolou o saloon. Esporas retiniam sombriamente dentro da noite escura e passos temíveis se faziam ouvir na varanda do saloon. Sean e as seis almas viraram-se para a entrada.  As duplas portinholas vaivém foram empurradas vigorosamente e se abriram para dar passagem a um vulto alto e horrendamente magro que usava chapéu, luvas, sobretudo negro com franjas, de estilo indígena, botas e esporas. Tinha um lenço amarrado ao rosto, e apenas seus olhos negros como piche, maldosos e brilhantes podiam ser vistos. Uma cascata negra e encaracolada de cabelos oleosos saía debaixo do chapéu e escorria pela nuca, dando a ele aquele aspecto ameaçador de espantalho. Seu inseparável corvo estava pousado em seu ombro direito, crocitando sinistramente.  O fantasmagórico recém-chegado trazia na mão direita uma foice enorme, e sentado ao seu lado estava um pavoroso cachorro de lustroso pelo negro, tão grande que mais parecia uma pantera. O bicho tinha mandíbulas enormes, as quais pareciam feitas de aço, e provavelmente poderiam partir um homem adulto ao meio. Seus olhos eram vermelhos e malignos, lembravam as chamas ardentes das profundezas infernais. Possuía uma longa cauda cuja ponta era flamejante. Garras colossais, afiadas e curvas brotavam de suas patas grandes e peludas. Ao redor do pescoço ferino usava uma sinistra coleira vermelha de enormes espinhos. O cão era tão ou mais assustador do que seu dono.
Ao ver os dois vultos na porta, as seis almas ficaram um instante estupefatas, silenciosas, seus olhos etéreos refletindo um terror inominável. Pelo medo infinito que os seis mortos emanavam, Sean imaginou que eles estivessem vendo o homem na porta em sua forma original, que deveria ser monstruosa, descomunal, insanamente demoníaca. O rapaz então sentiu-se grato por ser poupado disso, pelo menos. De uma forma cúmplice, quase simpática, Abigor piscou para Sean e disse com sua voz profundamente cavernosa:
- Bom trabalho, cowboy. O chefe vai ficar feliz conosco.
Em seguida, voltou sua atenção para os espíritos aterrorizados com sua presença. Assobiando com a naturalidade de quem executava uma tarefa rotineira, Abigor se curvou e libertou o terrível cão da coleira. Imediatamente o bicho ergueu as orelhas pontudas e começou a rosnar diabolicamente, exibindo suas fileiras de dentes amarelos enormes, afiados e mortíferos. Um espesso e brilhante filete de saliva escorria de sua bocarra monstruosa e ele arfava aguardando o comando de seu amo, seu hálito fétido empesteando o lugar.
- Vá pegá-los, rapaz. – falou o anjo caído para o cão do inferno.
Imediatamente o cão de caça diabólico saltou sobre as patas musculosas e percorreu o saloon com a velocidade da luz, enquanto as almas gritavam em desespero e tentavam fugir, cada uma correndo em uma direção. As pessoas no saloon ficaram intrigadas quando Sean, apreensivo, virou a cabeça como se seguisse algo muito rápido com a vista. Mas não havia nada lá. O que aquele forasteiro estava vendo, que ninguém mais conseguia enxergar? É verdade que os presentes sentiram o deslocamento de ar causado pela passagem de um corpo em movimento. Entretanto, como não viram nada, atribuíram o fato à brisa da madrugada que invadia o saloon. Elas não tinham como saber que aquilo se tratava de algo sobrenatural.
A alma do bandoleiro que surgira sem camisa no topo da escada (e ele estava assim na morte, desnudo da cintura para cima) foi a primeira a ser capturada pela fera das trevas. O assassino gritou em agonia quando os dentes do monstro rasgaram-lhe o ombro e as garras dilaceraram seu peito. Abocanhando firmemente o braço do bandido, o cão negro arrastou a presa de volta até a porta e largou-a diante das botas de seu dono. Afagando a cabeça gigantesca do horrendo animal, Abigor manejou a foice com habilidade, e com ela golpeou brutalmente o pescoço da alma que berrava em agonia. Uma alucinante explosão de luz e fogo clareou o saloon, cegando momentaneamente o Renegado. Com a pele borbulhando e em chamas, o bandido petrificado de horror foi agarrado por horripilantes tentáculos de trevas que emergiram do assoalho do saloon e o envolveram. Em uma agonia suprema, a nebulosa alma viu-se rapidamente tragada para as escuras profundezas eternais.
Horrorizado, Sean assistiu imóvel enquanto o sombrio cão caçava implacavelmente cada uma das almas, arrastando-a até Abigor, para que ele, ceifando-as, as enviasse para o inferno. Como não podiam sair do saloon, os espíritos foram capturados um por um. O último bandido, que era aquele cujo pescoço Sean havia quebrado, tentou se esconder no segundo andar, em um dos reservados. Enquanto Abigor soltava uma gargalhada sádica, sua abominável mascote desapareceu no ar, diante dos olhos apatetados de Sean Ridell. Onde estaria o monstro? Ele não poderia ter subido a escada tão rapidamente a ponto de dar a impressão de que havia sumido, porque, por mais veloz que o animal fosse, Ridell poderia vê-lo com seus olhos antinaturais. Poucos instantes depois, o Renegado ouviu a gritaria procedente do andar de cima, indicando que a alma fora alcançada por seu assustador perseguidor. No segundo seguinte, o cão, utilizando mais uma vez sua habilidade de teleportar-se, ressurgiu diante da vista deles, trazendo a alma restante, que ficou estendida de bruços aos pés de Abigor. Enquanto o demônio preparava a foice para assestar o golpe, o bandido caído olhou raivosamente dentro dos olhos de Sean e praticamente cuspiu as palavras:
- Vamos aguardar ansiosamente por sua chegada no inferno, Renegado.
Mal terminou de falar e a funesta lâmina perfurou seu corpo espiritual, fazendo-o gritar de dor e angústia. Os tentáculos o imobilizaram e o abduziram quase em seguida. Terminado o serviço, o anjo caído se curvou mais uma vez e prendeu novamente a coleira ao redor do pescoço de seu cachorro. Quando pousou os olhos em Sean, Abigor notou seu olhar angustiado e interrogativo. Havia uma pergunta silenciosa muito clara naquele contato visual.
- Sim – respondeu Abigor tranquilamente – Essa é a forma que todas as nossas almas são ceifadas. Vai ser exatamente assim, Sean Ridell.
Observando o Renegado enxugar o suor da testa, o anjo caído prosseguiu, com sua enganosa amabilidade:
- Mas não se preocupe com isso agora. Você ainda dispõe de tempo, gaste-o usufruindo de seus magníficos poderes. Para ser ainda mais claro, usarei as palavras um dia proferidas por seu Redentor: “Basta a cada dia o seu próprio mal.” (Mt 6 -34)
A seguir, chamando seu cão negro, o demônio girou nos calcanhares e abandonou o saloon Night Train caminhando devagar, suas esporas retinindo mais uma vez dentro da noite, até se perder na distância.
Assim que ele partiu, Sean lançou um olhar desolado ao estado deplorável do estabelecimento: mesas e cadeiras tombadas, garrafas partidas, cacos de vidro pelo chão, bebidas derramadas, marcas de bala onde quer que se olhasse, cartas de baralho em todo canto, cadáveres espalhados,  inúmeras gotas de sangue aspergidas no assoalho, nas paredes  e até no teto. Viu Larry ainda estendido no chão, ao lado da corista: o choque devia mesmo ter sido forte. Quando o velho despertasse e visse o estado em que ficara seu saloon depois da luta, talvez tivesse um ataque do coração.
Penalizado, Sean Ridell enfiou a mão no bolso do sobretudo e apanhou o ultimo maço de dólares que possuía. Colocando-o sobre o balcão, disse aos presentes que o fitavam, mudos de assombro:
- Assim que ele acordar, digam que deixei essa quantia para cobrir as despesas. – e indicou Larry Parker com a cabeça - Sei que não é muito, mas vai ajudar com o prejuízo.
Já se dispunha a sair quando ouviu uma voz feminina que vinha do segundo andar:
- E nós, forasteiro, como ficamos? Você matou nossos clientes antes que eles pudessem nos pagar. Também estamos no prejuízo.
Tanto Sean Ridell quanto os demais presentes ergueram os olhos para fitar a dupla de coristas que, do alto da escada, apoiadas no corrimão, os observavam com altivez. Os presentes olharam com reprovação para as garotas, pois elas estavam incomodando o homem que os salvara daqueles seis abutres. Achavam falta de consideração cobrar algo de  alguém que acabara de arriscar a vida para livrar a cidade daquela escória.
O Renegado, entretanto, não parecia aborrecido. Apalpando os próprios bolsos, viu que estava agora a nenhum. Então, dando de ombros, sem fazer cerimônia ele começou a revistar os cadáveres dos bandidos. Os presentes deixaram escapar um murmúrio de surpresa, porém, mesmo assim ele continuou sua funesta tarefa. Depois de arrecadar dos defuntos uma quantia considerável, ele colocou outro punhado de dólares sobre o balcão e disse com voz impassível:
- Aqui está o seu pagamento, senhoritas. Os mortos também pagam suas contas. Fiquem com o dinheiro, aqui tem o bastante para vocês duas, será mais útil para vocês. No local para onde mandei seus clientes, cédulas como estas não servem de nada.
A seguir, sob o olhar atônito de todos, Sean Ridell, o Renegado sombrio, virou-se para ir embora. Enquanto ele deixava o saloon, os presentes perceberam que não havia mais nenhum sinal de que ele fora esfaqueado pelas costas, na altura do coração, menos de meia hora antes.  


Danilo Alex

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