terça-feira, 3 de abril de 2012

O Renegado - O Caminho para a vingança - Parte VI

"Um criminoso perseguindo criminosos, O caçador pega sua caça
Ele obedece a lei da floresta
Suplicando pelo perigo para acertar as contas
Face a face, de uma vez por todas"

(Renegade - Hammerfall)


Para comemorar a morte daquele infeliz que os provocara, os bandidos do Chamas do Inferno pediram a Larry uma garrafa do melhor rum que ele tivesse por lá. Agora eles eram os únicos que riam e festejavam dentro do saloon. Um silêncio pesado e ressentido apoderara-se do lugar, pairando sobre os presentes, que remoíam sua indignação envoltos por um silêncio colérico, impotente. Aquele excêntrico forasteiro estava visivelmente embriagado e acabou falando demais, esse foi seu único crime. Não merecia ser morto com dois balaços daquele modo, como se fosse um cão doente. Todos ali odiavam em silêncio a presença detestável daqueles assassinos que bebiam com a alegria de quem vai a uma festa de casamento, e nem se importavam com o homem de quem haviam tirado a vida a troco de nada.
Aqueles patifes não podiam ficar impunes, alguém precisava fazê-los pagar por todas as maldades. Mas quem? Não havia quem ousasse tentar sacar a arma para aqueles vermes. Não havia por aquelas bandas alguém com inclinação para suicídio; pois era disso que se tratava empunhar uma arma contra o pessoal do Chamas do Inferno: suicídio. Todas as autoridades e pessoas de bem estavam de mãos atadas contra aqueles sujeitos diabólicos. Talvez jamais houvesse alguém nesse mundo para puni-los.
Os presentes estavam imersos nesses pensamentos quando ouviram passos vindos de fora. Botas pesadas de couro subiam determinadamente os degraus de madeira da varanda. Talvez fosse o xerife Wilkins que, ignorando a presença dos bandidos, tivesse ouvido os tiros e viesse saber do que se tratava. Achando pouco provável essa possibilidade, mas movidos pela intensa curiosidade, com exceção dos bandidos, todos olharam para a dupla portinhola vaivém. Quando ela foi empurrada, um vulto alto surgiu da penumbra. Passou pela porta e deu cinco passos, estacando em um ponto onde estivesse sob a claridade do saloon, visível para todos.
Quando as pessoas viram o recém-chegado, o sangue gelou em suas veias. O ar pareceu estagnar. As pessoas não queriam crer nos próprios olhos.
- Mas que diabo está fazendo, velhote? – rugiu um dos assassinos quando Larry, segurando a garrafa com mãos trêmulas ao servi-lo, derramou rum fora do copo e molhou-o involuntariamente. Larry Parker tinha uma expressão estarrecida e seu olhar estava fixo na porta. Os bandidos ainda não tinham notado a presença do recém-chegado. Uma corista soltou um grito estridente de terror e desmaiou, desabando pesadamente sobre uma mesa. Os demais estavam desarvorados demais para ajudá-la, seus cérebros registravam uma coisa fantástica e terrível. Seus olhos deviam estar captando uma miragem. Quando os bandidos finalmente decidiram olhar para a porta, seus corações falharam uma batida, o sangue gelou e quase imediatamente o suor empapou suas testas e axilas. Se levantaram de seus lugares bem devagar, duvidando de sua visão.
- Não... não pode ser... – gaguejou o pistoleiro possuidor do Winchester 73, tremendo dos pés à cabeça – Você deveria estar morto!
Em pé, diante da porta, como uma aparição prenunciando tragédias, estava Sean Ridell mirando-os com intensidade em seus olhos cinzentos e gélidos. Ouvia o coração dos assassinos pulsando acelerados como cavalos a galope, jorrando adrenalina no sangue. Aspirou o cheiro que emanava deles: medo; quase um bálsamo para os seus sentidos aguçados de Renegado. Seu peito e costas ainda estavam devastados pelas balas, de modo que era possível ver a carne viva, a caixa torácica destruída, o sangue vermelho pingando no velho assoalho do saloon.  E ele estava parado ali naturalmente, imperturbável, com aquela expressão tranqüila de quem está decidindo qual drinque pedir.
Sean podia logicamente ter evitado os dois tiros, mas preferiu ser alvejado. A dor foi sufocante, todavia ele a suportou valentemente. Se tivesse matado os patifes assim que chegasse, sua vingança não teria o mesmo sabor de agora. Teria apenas feito os canalhas partirem confusos e surpresos dessa vida, e isso não era o bastante. Não depois do que tinham feito, toda a dor que haviam causado à família dos Ridell, e de muitas outras. Aqueles bandidos deveriam morrer sentindo o máximo de medo que um humano pode suportar sem enlouquecer, seus pensamentos assolados pelo pânico enquanto seus pulmões miseráveis paravam de trabalhar para sempre. Sua morte deveria acontecer em meio ao terror absoluto, os olhos quase saltando das órbitas de tanto pavor, exatamente como suas vítimas.  As mãos daqueles homens sempre praticaram o mal contra os inocentes, os indefesos. Era hora do castigo, principalmente se o mesmo viesse do inferno.
O Renegado olhou com escárnio para seus trêmulos adversários. Os integrantes do Chamas do Inferno eram iguais a quaisquer outros pistoleiros: supersticiosos e covardes,  quase sempre faziam mal apenas a quem não podia revidar. Agora que tinham diante de si um fantástico inimigo que não os temia, estavam apavorados. Não eram habituados a estar no lugar da caça.
- Como pode ser isso? – repetiu o bandido que atirara, gritando histericamente enquanto apontava o dedo em riste para a figura dantesca na porta – Você levou dois tiros do meu rifle!!!
- Eu já estava morto quando você atirou em mim, seu idiota. – rosnou Sean ironicamente.
E então, o Renegado iniciou, bem diante de todos, um inesperado e inacreditável espetáculo. Rapidamente seu corpo começou o processo sobrenatural de regeneração. Todos assistiram com uma sensação opressiva de irrealidade enquanto o peito, a carne e os ossos daquele homem se reconstituíam miraculosamente. Cada migalha de osso voltou ao lugar, cada centímetro de carne se agregou ao tórax e às costas, cada gota de sangue regressou às veias malditas.
Enquanto seu corpo amaldiçoado se curava velozmente, Sean Ridell fitou seus oponentes com um olhar injetado, mais apropriado a um homem louco.
“E adoraram o dragão que deu à besta o seu poder; e adoraram a besta, dizendo: Quem é semelhante à besta? Quem poderá batalhar contra ela?" – recitou cinicamente. A seguir, exibindo um sorriso que faria gelar o sangue do homem mais destemido do Oeste, acrescentou – Apocalipse, capítulo 13, versículo 4.
Quando Sean citou a Bíblia e sorriu daquele jeito, o bandido ficou intimamente grato por Larry ter acidentalmente derramado rum em sua calça, porque a mancha de umidade causada pela bebida camuflou uma segunda mancha escura e úmida que surgia na região de sua virilha sem que ele tivesse podido evitar. O sorriso de Sean tinha sido bestial: seus dentes estavam cobertos de sangue enegrecido, e dois filetes desse sangue escorreram pelos cantos de sua boca. A imagem daquele sorriso sangrento ficou gravada no fundo da retina de todos os presentes, e com certeza seria motivo de pesadelos para muitas pessoas durante longos anos.
Instante depois, a regeneração estava finalizada. Não havia mais sinal de ferimentos animalescos no corpo de Sean Ridell. Até mesmo suas roupas estavam mais uma vez intactas, como se não tivessem destroçadas juntamente com pele, carne e ossos. Quem chegasse ao saloon naquele exato momento jamais diria que aquele homem de pé diante da porta recebera dos tiros de um rifle de pesado calibre poucos minutos antes. Para todos os efeitos, os projéteis nunca haviam atingido o forasteiro. Era como se o tempo tivesse apagado de sua linha a cena daquele jovem sendo baleado diante de todos.
Os integrantes do Chamas do Inferno estavam apalermados pelo horror, totalmente à mercê da ira do Renegado. Ao fim da reconstituição sombriamente mágica de seu corpo e suas roupas, Sean cuspiu algo aos pés dos bandidos, e eles quase desmaiaram ao ver que se tratava das duas balas do Winchester, e que elas ainda fumegavam. Sean sorriu de novo para eles, e dessa vez eles notaram que agora seus dentes estavam limpos e brancos, já que a regeneração devolvera às suas artérias todo e qualquer vestígio de sangue que estava escapando de seu corpo pelas feridas brutais.
Dentro do saloon, ninguém dizia palavra. Todos estavam pasmos demais. Quando ouviram um gemido de pavor, olharam para Larry e perceberam que ele abria e fechava a boca tentando falar, mas sem conseguir emitir som. A garrafa de rum escapuliu de seus dedos e se estilhaçou ruidosamente contra o assoalho do saloon, espalhando seu líquido. Por fim, respirando com força, Larry estendeu o dedo trêmulo em direção a um canto do saloon. Todos olharam, inclusive Sean. A luz fraca do ambiente desenhava na parede a sombra de Ridell, mas eram duas as silhuetas que eles viam projetadas: um homem alto e morbidamente magro, de cujas costas surgiam duas grandes asas quebradas e pendentes, carregando nos braços um homem alto e forte de chapéu, sobretudo e botas de cowboy.
A visão daquelas sombras aterradoras mergulhou o pobre Larry Parker na inconsciência, e logo ele esparramou-se no chão, ocupando um lugar ao lado da corista que desmaiara pouco tempo antes.
Com muito esforço, os bandidos puderam controlar um pouco o pânico e gradativamente passaram a recuperar seu sangue frio, o qual retomaram apenas parcialmente. Miraram Sean atentamente, os olhos semicerrados, as mãos pendentes ao longo do corpo, os dedos se agitando sugestivamente próximos das coronhas de seus revólveres. Os segundos pareciam correr com a lentidão de um século. Sean estava atento, imóvel, apenas seus olhos cinzentos e implacáveis se moviam, estudando minuciosamente os rostos dos patifes. Sua audição antinatural acompanhava a respiração descoordenada e os desenfreados batimentos cardíacos dos quatro homens diante de si, tentando descobrir o momento em que eles iam sacar. Os presentes, de olhos esbugalhados, acompanhavam a cena sustendo a respiração, com medo de que o som da mesma influenciasse no desfecho do duelo iminente. Estavam torcendo pelo sucesso do incrível forasteiro, embora não entendessem porque ele ainda não fazia menção de sacar, as mãos relaxadas e tranqüilas mantidas bem longe dos coldres.
Então, Sean leu nos olhos do primeiro bandido da esquerda a clara intenção de puxar a arma. O olhar gélido do bandoleiro transmitia morte. O momento crucial chegara. Os pistoleiros, que estavam de pé lado a lado, enfrentaram o medo e sem mais delongas foram às armas. Apesar da estranheza dos últimos acontecimentos e do medo que oprimia seus corações, estavam confiantes. Afinal, aquele maluco dos diabos, por mais habilidoso que fosse, não poderia nunca vencer em duelo quatro assassinos profissionais de uma só vez. Era o que ensinara a lógica durante todos os anos de impunidade em que, para eles, matar era tão natural quanto respirar. Entretanto, o que eles ainda não sabiam, é que essa lógica em que acreditavam não servia quando em duelo com um homem amparado pelo próprio diabo.
Enquanto os homens iniciavam o saque, Sean Ridell se adiantou. Com um brilho psicótico nos olhos cinzentos e glaciais, ele valeu-se de suas habilidades sobrenaturais para empunhar seus revólveres infernais. Sentia a pressão horrenda e constante da mão esquelética de Abigor sobre seu ombro, que se mantinha presente, mas invisível a olhos humanos.  Os miseráveis estavam já puxando as armas dos coldres quando o Renegado se moveu. Ele jogou rapidamente as orlas de seu sobretudo para trás, a fim de que suas mãos pudessem chegar mais facilmente aos coldres na cintura, e o som farfalhante provocado por esse gesto lembrou o bater de asas de um morcego. Com o elegante e sombrio casaco ajustado ao corpo, enquanto as extremidades vermelhas do sobretudo ainda flutuavam atrás de si, realizando um movimento impossível de ser acompanhado com a vista, Sean Ridell sacou e levantou as armas. A premissa de todo mágico, de que a mão é mais rápida do que o olho, era correta. Para os bandidos, os revólveres tinham surgido como que por encanto nas mãos daquele forasteiro que haviam subestimado, porque ele já tinha as armas em punho enquanto eles terminavam de erguer as suas. Sentiram-se ridicularizados pela extrema velocidade daquele fabuloso homem, e o ódio os cegou enquanto tentavam apertar os gatilhos. Mas, apesar de toda a sua famigerada rapidez, dessa vez os membros do bando Chamas do Inferno apenas tentaram disparar suas armas.
Ainda hoje, se você perguntar aos habitantes mais idosos do Kansas a respeito, gratos por conseguir um ouvinte para essa fantástica história, eles contarão a você como há pouco mais de cem anos, dentro de um saloon de uma cidadela chamada Conquest City, a qual nem existe mais, aconteceu um duelo que marcou a história do estado, talvez até mesmo do país. Eles dirão a você como, diante de dezenas de testemunhas, um homem sozinho derrotou quatro perigosos elementos que tinham, cada um, mais de quinze mortes nas costas. A seguir, eles te explicarão que aquilo somente aconteceu porque o tal homem fora enviado por forças obscuras ali, a fim de exterminar aquelas ervas daninhas que tiravam o sossego das pessoas decentes. Num mundo descrente como esse atual, as pessoas riem na cara dos velhos do Kansas que contam essa história; talvez por isso eles fiquem tão felizes quando alguém se dispõe a ouvi-los e talvez oferecer crédito ao seu relato, porque, posso garantir, eles estão absolutamente certos quanto ao que dizem, justamente por ser verídica a sua narrativa.
 No momento do duelo, aquele homem não era mais Sean Ridell. Naquele exato instante, ele se fundiu completamente a Abigor, e apertou os gatilhos assumindo plenamente sua identidade maldita como o Renegado. Seus Colts, fabricados no inferno, vomitaram um furacão de chumbo e fogo sobre os bandidos. Os Colts negros rugiram monstruosamente como cães do inferno, e línguas de fogo vermelho-alaranjado surgiram na boca das armas, antecedendo a fuzilaria intensa que veio a seguir. Mais incrível que a velocidade diabólica do Renegado, foi a sua habilidade para desfechar os tiros, porque, como enfrentava quatro pistoleiros, enquanto disparava, os canos de seus Colts infernais tiveram de mudar de ângulo com uma rapidez e precisão inéditas até então naquela região. Os três primeiros pistoleiros, em pânico, morreram sem conseguir acionar o gatilho uma única vez. Foram materialmente varridos e destruídos pelo chumbo fervente. Nenhum dos presentes conseguiu contar a quantidade de balas enviadas pelo forasteiro aos crápulas, tão rápida foi a sucessão de tiros. Mais tarde, quando foram verificar os corpos crivados, eles estavam completamente irreconhecíveis, e tal era a quantidade de perfurações sangrentas em suas carcaças, que um desavisado diria que aqueles homens tinham sido alvejados por um pelotão de fuzilamento da cavalaria, e que jamais um homem sozinho poderia causar tamanho estrago.
 Um dos bandidos ficou pregado na parede pelos disparos, e depois escorregou para o chão, onde permaneceu imóvel, afundado no seu próprio sangue. O segundo foi apanhado pelo vendaval de chumbo um segundo antes de conseguir puxar o gatilho. Empurrado brutalmente pela chuva de balas, seu corpo cruzou o ar em direção ao bar, voou sobre o balcão e se chocou violentamente contra a estante de bebidas, derrubando dezenas de garrafas com estardalhaço, cujo líquido esparramado pelo chão se misturou ao sangue que esguichava de seus incontáveis e letais ferimentos. O terceiro assassino, com um grito de morte sufocado na garganta, executou uma cambalhota grotesca e foi projetado de encontro a uma mesa onde se jogava o pôquer, de modo que morreu em meio a uma chuva de cartas de baralho.
O quarto bandido, que era o dono do Winchester 73, curiosamente foi momentaneamente poupado: as balas enviadas a ele apenas o desarmaram, levando seus revólveres para longe. Com um grito de fúria, rapidamente alcançou o poderoso rifle e o engatilhou o mais velozmente que pode, já o erguendo. Apontou a arma para o local onde estava Sean e disparou sem hesitar. O rifle ribombou, mas a bala se perdeu no vazio, pois o forasteiro já havia desaparecido. O bandido ficou confuso. Como podia ser aquilo, se ele não demorara mais que cinco segundos para empunhar a arma e disparar? Um homem não poderia se mover tão rápido! O assassino prendeu a respiração, aterrado, quando descobriu um pouco tarde demais, que o inimigo ressurgira às suas costas. Esperneando como um garoto assustado, o bandido apenas pode assistir enquanto o braço musculoso do Renegado envolvia seu pescoço e o imobilizava num aperto asfixiante e inescapável, obrigando-o a largar o rifle. Prestes a desmaiar de terror, o membro do Chamas do Inferno sentiu o cheiro opressivo de enxofre antes de ouvir aquela voz infernal junto dele com um tom falsamente cordial, perigosamente acariciante:
- Só deixei você respirando até agora por um motivo: dizer-lhe meu nome. Assim vai ser mais fácil para o Diabo identificar você e seus companheiros quando chegarem ao inferno. Chamo-me Sean Ridell, mas pode explicar que foram mortos pelo Renegado. Sou conhecido assim por lá.
Dito isso, sem esperar mais e fazendo uso de seus atributos sobre-humanos, Ridell torceu brutalmente o pescoço de sua vítima, fazendo com que a cabeça, com um estalo sinistro, girasse num ângulo de 180º. A cara do assassino, paralisada de horror na hora da morte, ficou horrendamente virada para trás, trocando de lugar com a nuca.
Em seguida, Sean soltou o corpo do quarto pistoleiro, que ficou estendido tragicamente no chão, o pescoço estranhamente torcido. Nesse ínterim, ouvindo o tiroteio e a algazarra, um dos dois bandidos restantes imaginou que seus amigos podiam estar precisando de sua ajuda e se ergueu do leito que compartilhava com uma bela corista, em um dos reservados no segundo andar. Vestindo as roupas rapidamente, com um muxoxo de desagrado, ele abriu a porta e deixou o quarto antes do que gostaria. Estava visivelmente contrariado; o mesmo já não se poderia dizer de sua formosa companheira, que se envolveu nos lençóis, aparentemente aliviada por se livrar de tão indesejável cliente.
Descalço, sem camisa, de arma em punho e ainda terminando de abotoar a calça, o bandoleiro surgiu no alto da escada e olhou para baixo. Estarrecido, viu o estado de desolação em que se achava o saloon, vislumbrou seus amigos mortos espalhados pelo chão e ficou mudo. No momento em que ele surgiu no topo dos degraus, um forasteiro sombrio estava torcendo o pescoço de Kevin como se ele fosse uma galinha. Com os olhos disparando chispas de ódio, o bandido engatilhou seu revólver e o apontou para o homem que matara seus amigos. Estava mirando a nuca do desconhecido.



Danilo Alex 

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